
Rússia está pronta para retaliar a Alemanha em caso de ataque com mísseis Taurus, afirma deputado

A Rúsia pode autorizar ataques contra o território alemão, caso a Ucrânia receba e utiliza mísseis de cruzeiro Taurus fornecidos pela nação germânica. De acordo com Andrey Kartapolov, presidente do Comitê de Defesa da Duma Estatal, o armamento depende da assistência das forças militares da Alemanha para serem operados.
"Nós estamos prontos para derrubar os mísseis Taurus, e para atacar os locais de onde eles seriam lançados e aqueles que iriam lançá-los, e, se necessário, os lugares de onde eles foram trazidos", alertou o parlamentar ao jornal Life.ru na quarta-feira (28).

O legislador, que também possui a patente de coronel-general pelo Exército russo, destacou que "as Forças Armadas ucranianas carecem de especialistas capazes de operar esse tipo de equipamento". "SCALP é francês, Storm Shadow é britânico, ATACMS é americano - as atribuições de voo para eles são escritas por especialistas das Forças Armadas desses países", explicou Kartapolov.
"Ou seja, os ucranianos conseguem pressionar o botão 'iniciar' - isso não é um problema -, mas não conseguem inserir os dados", que provêm de satélites americanos e de países da Europa Ocidental, apontou.
"Se a Alemanha transferir esses mísseis, então, naturalmente, terão especialistas alemães no local" garantindo que serão lançados, afirmou o deputado.
Suspensão de restrições de distância
Na segunda-feira (26), o chanceler alemão Friedrich Merz anunciou a suspensão das restrições sobre o alcance das armas fornecidas à Ucrânia pela Alemanha, Reino Unido, França e Estados Unidos.
"Não há mais nenhuma restrição quanto ao alcance das armas fornecidas à Ucrânia – nem por parte dos britânicos, nem por parte dos franceses, nem por nossa parte. Também não há restrições por parte dos americanos", revelou Merz em entrevista à emissora WDR, indicando que, com isso, o regime de Kiev poderá atacar posições território russo adentro.
Moscou reagiu às declarações de Merz, com o porta-voz do Kremlin qualificando a medida como "uma grave escalada". "Se isso for verdade, então essa é uma decisão extremamente perigosa, é literalmente vários passos em direção a um confronto adicional de uma só vez", ressaltou Dmitry Peskov.
