Móveis que Lula acusou Bolsonaro de "levar embora" são encontrados
Um total de 261 móveis considerados patrimônio oficial que haviam sido listados como desaparecidos foram encontrados pela Presidência da República, conforme comunicado pela Secretaria de Comunicação da instituição (Secom) na quarta-feira. Foi informado que as peças estavam em diversas dependências oficiais diferentes, e não apenas no Palácio da Alvorada.
Anteriormente, o presente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva havia acusado seu antecessor, Jair Bolsonaro, de tomar os móveis oficiais para si. "Na parte de cima, é como se não tivesse sido habitada. (...) Não tem cama, não tem sofá. Se fosse dele, ele tinha razão de levar mesmo. Mas ali é uma coisa pública, eu não sei por que tem que levar cama embora", afirmou durante evento com jornalistas realizado em janeiro de 2023.
A Secom desmentiu, contudo, a informação muito compartilhada nas redes sociais de que os móveis comprados para viabilizar a mudança do presidente para o Alvorada tenham sido adquiridos para repôr os que foram dados como desaparecidos:
Os móveis que foram comprados para viabilizar a mudança do presidente ao Palácio do Alvorada foram os imprescindíveis para recompor o ambiente do Palácio de acordo com seu projeto arquitetônico, e não são necessariamente de mesma natureza dos itens do relatório citado. Foram comprados para recompor o ambiente do Palácio que estava deteriorado, como foi mostrado inclusive por jornalistas.
Dentre os itens listados como "imprescindíveis", consta um sofá reclinável que custou R$ 65.140. O valor total para os 5 móveis e 1 colchão, comprados sem licitação, é de R$ 196.770, conforme apuração do Poder360.
Família Bolsonaro acionará a Justiça
Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, celebrou a notícia e afirmou que "medidas judiciais serão adotadas" face às acusações de Lula através de um comunicado divulgado pelo PL Mulher. "Eles sempre souberam que isso era uma mentira, mas queriam uma cortina-de-fumaça para tirar o foco da notícia de que eles gastariam o dinheiro do povo para comprar móveis luxuosos por puro capricho e sem licitação", afirmou.