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Netanyahu nega fome massiva em Gaza

Enquanto isso, o Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP) informou este mês meio milhão pessoas estão enfrentando uma "fome catastrófica".
Netanyahu nega fome massiva em GazaGettyimages.ru / Anadolu / Contributo

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou a existência de "fome massiva" em Gaza e chamou de "mentira" o fato de Tel Aviv estar usando a fome como arma de guerra no território palestino.

As declarações foram feiras por Netanyahu em uma conferência da Aliança Internacional para a Lembrança do Holocausto (IHRA, na sigla em inglês) na terça-feira (27).

Ele alega que entre os "milhares e milhares" de habitantes de Gaza que foram capturados e levados para a prisão desde o início da guerra, "não se vê um único emagrecido".

"Na verdade, vemos o oposto, porque eles não se exercitam tanto, certamente não nos túneis, mas eles têm comida e nos acusam de fome", acrescentou.

De acordo com o primeiro-ministro, desde os primeiros dias da guerra, foi estabelecido não apenas que os civis não seriam perseguidos, mas que eles receberiam alimentos, água e medicamentos, conforme determina a lei internacional.

"Fornecemos a eles cerca de 1,8 milhão de toneladas de alimentos e ajuda. Essa é uma quantidade enorme e é por isso que não há absolutamente nenhuma fome massiva", acrescentou.

"O que aconteceu? Enquanto fornecíamos isso em caminhões, o Hamas os saqueou, pegou uma boa parte para si e vendeu o restante para os civis a preços exorbitantes. É assim que eles financiam seus próprios recrutas", disse Netanyahu.

"Gaza corre o risco de morrer de fome"

Em 21 de maio, o Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança condenou a fome massiva de crianças em Gaza e pediu a Israel que permitisse "acesso imediato e contínuo a alimentos e suprimentos médicos essenciais". 

Enquanto isso, o Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP) informou este mês que 470 mil pessoas estão enfrentando uma "fome catastrófica".

"A população de Gaza está correndo o risco de morrer de fome, pois toda a ajuda foi impedida de entrar desde 2 de março".