Enquanto o regime de Kiev está atacando prédios habitacionais e instalações civis em território russo, as forças russas estão atingindo apenas alvos militares na Ucrânia, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta quarta-feira (28).
"É importante lembrar um fato inquestionável. Os ucranianos estão atacando nossos edifícios residenciais e instalações sociais. [Enquanto nós] estamos atacando munições, locais onde as armas homicidas são coletadas", afirmou ele a jornalistas.
O porta-voz também declarou que a Rússia e a Ucrânia ainda não avançaram em direção a um cessar-fogo temporário e que as partes deveriam primeiro apresentar projetos de memorandos com propostas de paz.
"Ainda não passamos para o estágio de trégua temporária e cessar-fogo. Primeiro, temos que chegar a um acordo sobre os textos do memorando e elaborar uma lista de condições para um cessar-fogo temporário. Isso é o que nossas equipes de negociação estão fazendo agora, enquanto a operação militar especial continua", disse ele.
Peskov também destacou o progresso no processo de negociações, referindo-se à reunião entre as delegações russa e ucraniana, que ocorreu em 16 de maio na Turquia.
"Houve progresso, inclusive graças aos esforços de mediação dos Estados Unidos e do presidente Donald Trump pessoalmente, em termos da implementação dos acordos que foram alcançados em Istambul. Uma troca [de prisioneiros] foi finalizada de acordo com a fórmula '1.000 por 1.000'. Isso é muito importante", enfatizou.
Ele também observou que os dois lados em breve "trocarão as minutas do memorando” e se prepararão para a próxima rodada de negociações.
Ataques ucranianos constantes
Os ataques ucranianos às instalações civis russas se intensificaram nos últimos dias.
Mais cedo, o porta-voz enfatizou que os últimos ataques das Forças Armadas russas às instalações militares ucranianas são uma resposta aos ataques massivos de Kiev contra alvos civis russos.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que os responsáveis pelos ataques a alvos civis em território russo devem ser punidos, enfatizando que o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, "e sua junta" estão cientes de que Moscou só atinge a infraestrutura militar.