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Com apoio ocidental, Zelensky sinaliza possível ataque contra Rússia

Líder do regime de Kiev fala em produzir drones, mísseis e interceptadores e cita acordos com parceiros europeus para ampliar ataques a longa distância.
Com apoio ocidental, Zelensky sinaliza possível ataque contra RússiaDanylo Antoniuk/Anadolu via Getty Images

O líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, indicou nesta terça-feira (27) que o país poderá realizar ataques dentro do território russo, ampliando o raio de ação das forças ucranianas em meio ao conflito em curso.

"Para o futuro próximo, estamos preparando novos acordos com nossos parceiros na Europa para investir na produção ucraniana", declarou Zelensky em seu Telegram.

Segundo ele, os acordos envolvem principalmente "a produção de elementos não tripulados e de longo alcance", com o objetivo de garantir maior controle na linha de frente, proteger soldados e atuar "a uma distância considerável".

Zelensky não revelou detalhes sobre os planos, mas deixou claro que a Ucrânia está pronta para responder ao que chama de ameaças russas. "Mas temos uma resposta promissora, clara e especulativa para todas as ameaças e desafios russos. A Rússia deve sentir claramente as consequências do que está fazendo contra a Ucrânia", alegou.

"São drones de ataque, interceptadores, mísseis de cruzeiro, mísseis balísticos ucranianos. Temos que produzir todos eles", completou Zelensky.

Rússia se manifesta

As declarações vêm logo após o anúncio da decisão de países como Alemanha, Reino Unido, França e Estados Unidos desuspenderem restrições quanto ao alcance das armas enviadas à Ucrânia. Na prática, a mudança permite que Kiev utilize os armamentos ocidentais contra alvos localizados dentro da Rússia, ampliando as opções estratégicas de ataque ucraniano.

A movimentação foi duramente criticada pelo Kremlin. O porta-voz presidencial Dmitry Peskov classificou a medida como "uma decisão bastante perigosa" e afirmou que ela contraria os esforços por uma saída diplomática para o conflito. Segundo Peskov, a posição dos países ocidentais se opõe às tentativas de avanço "dentro da estrutura do acordo político" em discussão.