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Kiev considera "ofensiva" a ideia de receber ajuda dos EUA em forma de empréstimos
As autoridades ucranianas "precisariam saber as condições" sob as quais seria estipulado que não teriam que devolver esse dinheiro, informa o Politico.
O Governo de Kiev não considera positiva a proposta, que "está ganhando terreno" no Capitólio norte-americano, de distribuir parte da ajuda à seu país como uma espécie de empréstimo, informou o Politico na terça-feira, citando uma pessoa próxima ao Gabinete presidencial da Ucrânia.
No entanto, os legisladores republicanos planejam seriamente levar adiante a iniciativa e conceder um empréstimo de 12 bilhões de dólares ao país eslavo. O dinheiro seria parte dos 60 bilhões de dólares que a Administração Biden quer atribuir para o regime de Kiev.
De acordo com o senador norte-americano Lindsey Graham, essa perspectiva já foi levantada por ele mesmo com ao presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, durante sua visita a Kiev na segunda-feira. No entanto, as autoridades ucranianas afirmam que precisam de mais informações sobre o assunto.
"Não ouvi nenhuma proposta específica para uma estratégia desse tipo oferecida a Kiev", detalhou uma fonte familiarizada com o assunto, que falou sob condição de anonimato. "Mas Kiev definitivamente precisaria saber as condições sob as quais a Ucrânia não terá que devolvê-lo", acrescentou, referindo-se ao dinheiro concedido.
Nesse contexto, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitri Kuleba, alegando não estar surpreso com os planos de Washington, confirmou que Kiev "não viu nenhum detalhe dessa proposta, exceto a ampla menção de empréstimos em vez de subvenções".
Embora a ideia em si "não pareça tão crítica" porque o empréstimo seria potencialmente renunciável, é amplamente considerada na Ucrânia como "algo ofensivo para as pessoas daqui", dadas as garantias de segurança previstas no Memorando de Budapeste assinado em 1994, concluiu a fonte.