A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, comentou nesta terça-feira (27) as alegações do chanceler alemão Friedrich Merz de que quatro países da OTAN— Reino Unido, França, Alemanha e Estados Unidos — haviam suspendido as restrições sobre o alcance das armas fornecidas à Ucrânia.
"Tirem a 'colher de açúcar' e o 'lenço' deles! Espero que pelo menos esses dois não tenham brigado como os Macrons", escreveu Zakharova no Telegram.
Ela lembrou que o vice-chanceler alemão Lars Klingbeil desmentiu, na segunda-feira (26), as declarações de Merz, segundo a emissora NTV.
"Em relação ao alcance, gostaria de dizer que não há nenhum novo acordo que vá além do que foi feito pelo governo anterior", afirmou Klingbeil durante uma entrevista coletiva em Berlim.
O estranho objeto branco no bolso do presidente francês
Zakharova fez referência a um vídeo gravado pela imprensa durante a viagem de trem de líderes europeus à Ucrânia para uma reunião da chamada “coalizão dos dispostos”, que viralizou.
As imagens mostram Macron retirando rapidamente da mesa um objeto semelhante a um saquinho ou papelote amassado e colocando-o no bolso, enquanto Merz encobre algo com a mão.
O Palácio do Eliseu se manifestou sobre o objeto branco visto no bolso do presidente francês.
Em nota, o governo classificou as especulações como "fake news" disseminadas por "inimigos da França" e publicou duas imagens: uma com os dizeres "Isto é um lenço. Para assoar o nariz".
Se enterrando ainda mais no buraco
Zakharova afirmou que a Alemanha só se afunda no buraco onde o regime de Kiev, que ela apoia, "já está há muito tempo", e disse que Merz não poderia alegar ser favorável à paz ou a negociações.
Ela destacou que "essa definitivamente não é uma questão em que você pode jogar palavras ao vento sem realmente entender a responsabilidade de seu pronunciamento".
- Recentemente, o chanceler alemão afirmou que "não há mais restrições de alcance para as armas fornecidas à Ucrânia" por Reino Unido, França, Alemanha e Estados Unidos, o que, segundo ele, permitiria ao regime de Kiev atacar posições militares dentro do território russo.
- Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou que a decisão dos quatro países da OTAN é potencialmente perigosa e contraria os esforços para resolver o conflito entre Rússia e Ucrânia.