O euro pode estar a caminho de substituir o dólar americano como principal moeda de reserva internacional, segundo declarações recentes da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.
Ela apontou que a crescente fragmentação geopolítica e as transformações estruturais no sistema financeiro global vêm enfraquecendo a hegemonia do dólar. Com mais países buscando diversificar suas reservas e reduzir a dependência da moeda dos Estados Unidos, o euro surge como uma alternativa estável e confiável.
Um dos fatores destacados pelo BCE é a queda da participação do dólar nas reservas cambiais globais, que chegou a 58%, o nível mais baixo desde 1994. Isso pode levar outras nações a adotar opções consideradas mais sólidas, como o euro, que representa cerca de 20% dessas reservas.
Lagarde também destacou a presença crescente da moeda europeia nos mercados de dívida, comércio e transações financeiras internacionais como sinais de sua consolidação no cenário global.
"Esta é uma oportunidade única para a Europa assumir um maior controle de seu próprio destino", afirmou Lagarde. Ela ressaltou que, para isso, será preciso preservar a "credibilidade" do euro, aprofundar a integração fiscal e financeira do continente e avançar em reformas estruturais.
"Fim do dólar"
Antes disso, o investidor norte-americano Robert Kiyosaki fez um alerta sobre a economia dos EUA, sugerindo que o "fim" do dólar já teria começado e que o país estaria à beira da hiperinflação.
"E se você desse uma festa e ninguém aparecesse? Foi isso que aconteceu ontem. A Reserva Federal realizou um leilão de títulos norte-americanos e ninguém apareceu", escreveu Kiyosaki na rede X.