
Kremlin alerta: liberação de armas à Ucrânia é 'decisão perigosa' do Ocidente

A decisão de quatro países da OTAN de suspender as restrições sobre o alcance das armas fornecidas a Kiev é considerada potencialmente perigosa pelo Kremlin. A medida, segundo o porta-voz Dmitry Peskov, contraria os esforços por uma resolução diplomática do conflito entre Rússia e Ucrânia. As declarações foram dadas nesta segunda-feira (26).
"As decisões, se ocorrerem, são absolutamente contrárias às nossas aspirações de chegar a um acordo político e aos esforços que estão sendo feitos agora no âmbito do acordo", disse Peskov ao jornalista da Life Alexander Yunashev. "É uma decisão bastante perigosa", destacou.

A declaração do Kremlin ocorre após o chanceler alemão Friedrich Merz afirmar que "não há mais restrições de alcance para as armas fornecidas à Ucrânia" por países como Reino Unido, França, Alemanha e Estados Unidos. Segundo Merz, isso significa que Kiev poderá usar estes armamentos para atingir posições militares dentro do território russo.
Escalada no conflito e ataques a civis
As declarações foram feitas em meio à intensificação dos ataques ucranianos a território russo, incluindo instalações civis. No último domingo (25), como resultado da queda de um drone na província de Tula, a cúpula de uma catedral foi incendiada.
Além disso, a liderança do Serviço Federal de Segurança da República Popular de Donetsk observou que mais de 400 ataques de drones ucranianos contra cidadãos e infraestrutura civil foram frustrados na semana passada na região.
Peskov enfatizou que os últimos ataques das Forças Armadas russas contra instalações militares ucranianas são uma resposta aos ataques massivos de Kiev contra alvos civis na Rússia.
"Vemos os ucranianos atingir nossas instalações de infraestrutura social, infraestrutura pacífica. Esse é um ataque de retaliação, um ataque de retaliação apenas contra instalações militares, contra alvos militares [ucranianos]", detalhou.
