Ministro russo explica por que os conselheiros de Zelensky estão alimentando o conflito

Lavrov, Ministro das Relações Exteriores da Rússia, disse que, quando as consequências do conflito forem vistas, será difícil para os países europeus aliados a Kiev "se esquivarem de sua responsabilidade".

Os países europeus estão esquentando o conflito ucraniano e Vladimir Zelensky e sua equipe "continuam suas ações criminosas", declarou o Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

Foi desta maneira que ele respondeu a uma pergunta da imprensa sobre as recentes visitas a Kiev de líderes como o presidente francês Emmanuel Macron, os primeiros-ministros do Reino Unido e da Polônia, Keir Starmer e Donald Tusk, o chanceler alemão Friedrich Merz e outros.

De acordo com o interlocutor do chanceler russo, depois dessas viagens à Ucrânia, o número de ataques terroristas do regime de Kiev aumentou.

"Acho que é impossível não ver essa conexão direta", confirmou Lavrov.

"Aqueles que cuidam do regime em Kiev, incluindo os personagens que mencionou, não escondem isso. Não é por acaso que, quando eles tentam histericamente se opor à nossa linha de acordo, abordando as causas básicas do conflito com a ideia de declarar um cessar-fogo imediato sem pré-condições, eles também querem dizer que essa formulação permite que continuem a injetar armas para o regime de Kiev", acrescentou.

"Fica claro, pelas declarações públicas deles, que esta é uma posição da qual não querem abrir mão. E, assim, Zelensky e sua equipe estão alimentando o conflito para poderem continuar com suas ações criminosas", explicou o chefe da diplomacia russa.

"É claro que há responsabilidade europeia aqui. Acho que, quando considerarmos as consequências deste conflito (espero que depois do acordo), será difícil fugir da responsabilidade", sugeriu.

A esse respeito, Lavrov afirmou que os líderes dos países mencionados "apostaram toda a sua reputação em arrastar a Europa para uma guerra contra a Rússia", bem como em "militarizar a Europa" sob o pretexto de infligir uma "derrota estratégica" à Rússia no campo de batalha. 

"O chanceler da República Federal da Alemanha, Friedrich Merz, proclamou que seu objetivo é fazer com que a Alemanha volte a ser a principal potência, a mais poderosa no sentido militar na Europa, possuindo o maior exército convencional. Esses são sinais alarmantes. Acho que as reminiscências de precedentes históricos criam um quadro muito preocupante aqui", explicou Lavrov. 

Ele também sugeriu que os aliados europeus de Kiev "não perderam a esperança de usar certos círculos nos Estados Unidos para trazer o presidente Donald Trump e seu governo de volta ao seu campo antirrusso e compartilhar a responsabilidade".

"Eles gostam de se eximir da responsabilidade. Mas tenho certeza de que isso não funcionará desta vez", concluiu.