Rússia: ataques massivos de drones de Kiev têm com o objetivo interromper as negociações

Moscou "dará uma resposta adequada aos ataques terroristas em massa do regime de Kiev", afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou na sexta-feira (23) que a Ucrânia estava tentando bloquear os esforços pela paz entre os dois países ao continuar os ataques contra civis russos.

"Outras ações terroristas bárbaras do regime de Kiev foram empreendidas em uma tentativa de interromper o processo das negociações diretas entre Rússia e Ucrânia retomadas com a assistência da administração dos EUA, visando uma solução final para o conflito e para impedir a implementação dos primeiros acordos firmados em Istambul em 16 de maio, incluindo uma troca de prisioneiros em larga escala", afirma a declaração. 

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, o curso seguido pelo "partido de guerra" ucraniano também inclui violações das chamadas tréguas de "energia" e de Páscoa estritamente respeitados pela Rússia, bem como o regime de cessar-fogo declarado durante as comemorações do 80º aniversário da Grande Vitória do Exército Vermelho contra a Alemanha Nazista.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, entre 20 de maio e às 08h00 de 23 de maio, foram registrados 788 ataques de drones do tipo aeronave e mísseis de fabricação ocidental no território da Federação Russa e fora da área da Operação Militar Especial. As forças de defesa aérea russas destruíram 776 drones e mísseis, mas 12 deles, infelizmente, atingiram seu alvo.

O ministério observou que há mortos e feridos como resultado dos ataques mencionados acima. Em 22 de maio, oito pessoas ficaram feridas em decorrência de um ataque ao vilarejo de Panteleimpónovka, na República Popular de Donetsk. No mesmo dia, uma mulher nascida em 1990 foi morta e quatro crianças - de 10, 9 e 8 anos de idade, mais uma criança de um ano - ficaram feridas em decorrência de ataques de drones no distrito municipal de Vasilievka, na província de Zaporozhie.

Na noite de 23 de maio, oito pessoas ficaram feridas em decorrência da queda de um drone que causou um incêndio em uma zona industrial na cidade de Yeléts, na região de Lipetsk. Além disso, as forças armadas ucranianas lançaram dois ataques com mísseis HIMARS contra instalações civis na cidade de Lgov, na região de Kursk, onde pessoas, incluindo duas crianças, também ficaram feridas.

Também deve ser observado que "mesmo depois que a região de Kursk foi libertada dos militares ucranianos, as Forças Armadas da Ucrânia continuam tentando entrar em nosso território e realizar ataques de drones, bem como artilharia e mísseis de longo alcance", destacou o Ministério das Relações Exteriores.

"Nessas condições, o presidente da Federação Russa foi forçado a tomar a decisão de criar uma zona tampão de segurança ao longo da fronteira russo-ucraniana para minimizar a possibilidade de infiltrações das Forças Armadas da Ucrânia e ataques em nossas áreas de fronteira", enfatizou. 

"É claro que a Rússia dará uma resposta adequada aos ataques terroristas em massa por parte do regime de Kiev. Ao contrário do lado ucraniano, apenas instalações militares e fábricas do complexo militar-industrial serão alvos. Mas gostaríamos de enfatizar que nosso compromisso de buscar uma solução pacífica por meio do diálogo permanece inalterado", concluiu o Ministério.