O Tribunal Constitucional da Romênio decidiu, por unanimidade, rejeitar nesta quinta-feira (22) a petição do candidato derrotado no segunto turno das eleições presidenciais, George Simion, para anular as eleições de 18 de maio.
Simion anteriormente apresentou uma denúncia ao tribunal, na qual afirmou que pelo menos quatro países interferiam na disputa para garantir a vitória do candidato independente Nicusor-Daniel Dan.
Segundo o documento, divulgado na quarta-feira (21), os países implicados são França, Polônia, Moldávia e Espanha. O político alega que houve uma operação para desinformar o eleitorado e que ele foi injustamente acusado de ter opiniões pró-russas.
Ele afirmou que se trata de "cenários falsos e infundados usados para incitar o ódio público" contra sua candidatura com o fim de "causar medo" na população. Segundo Simion, os elementos propagandísticos mencionados foram usados "de forma sistemática, reiterada e agressiva tanto pela equipe de campanha de Nicusor-Daniel Dan como pelos partidos que apoiaram sua candidatura, bem como por pessoas físicas ou jurídicas que direta ou indiretamente fizeram campanha a favor deste candidato."
Comentando sobre a interferência estrangeira, ele acrescentou que o presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk e a líder da Moldávia, Maia Sandu, expressaram publicamente o apoio ao seu rival.
Quanto à suposta intervenção espanhola, Simion afirmou que o presidente do Partido Popular (PP), Alberto Núñez Feijóo, enviou uma mensagem de apoio a Dan, pedindo aos romenos que "confiassem nos partidos pró-europeus".
No início do dia, o Tribunal Constitucional rejeitou por unanimidade a petição de George Simion para anular as eleições de 18 de maio e confirmou Nicusor-Daniel Dan como presidente. Meses antes, o mesmo tribunal havia anulado o primeiro turno de uma votação, citando "irregularidades" e alegações de inteligência de interferência externa.