A China se opõe firmemente à imposição de sanções "não razoáveis" pela União Europeia (UE) e pelo Reino Unido contra a Rússia, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, nesta quarta-feira (21), comentando a aprovação do novo pacote de restrições econômicas por Bruxelas.
Durante uma coletiva de imprensa, a porta-voz enfatizou que Pequim tem se oposto "sistematicamente" às sanções unilaterais que "não têm base no direito internacional" e não são autorizadas pelo Conselho de Segurança da ONU. Nesse contexto, ela expressou sua "forte insatisfação e firme oposição às sanções irracionais do lado europeu contra as empresas chinesas", que também foram incluídas na lista de restrições.
Referindo-se às acusações de que a China supostamente fornece assistência de armas à Rússia, a porta-voz reiterou que a China sempre esteve comprometida com a promoção do diálogo e nunca forneceu armas letais às partes em conflito, além de controlar "estritamente" a exportação de itens de uso duplo.
Mao Ning disse que a maioria dos países, incluindo os Estados Unidos e as nações europeias, atualmente comercializam com a Rússia, portanto a cooperação normal entre as empresas chinesas e russas não deve ser afetada. Ela pediu a Bruxelas que pare de aplicar políticas de "dois pesos e duas medidas" na questão da cooperação econômica e comercial com a Rússia e, assim, prejudicar os interesses legítimos das empresas chinesas.
Caso contrário, advertiu, o lado chinês tomará as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente seus direitos e interesses legítimos.
Na terça-feira (20), a União Europeia aprovou o 17º pacote de sanções contra a Rússia, tendo como alvo cerca de 200 embarcações da chamada "frota fantasma".