
China deve doar US$ 500 mi à OMS e substituir EUA como maior doador - WP

O governo chinês pretende fornecer à Organização Mundial da Saúde (OMS) um aporte financeiro adicional de US$ 500 milhões nos próximos cinco anos, informou nesta quarta-feira (21) o jornal The Washington Post.
Com esta iniciativa, Pequim substituirá os EUA como o maior doador da organização, expandindo sua influência global após o presidente Donald Trump anunciar em janeiro os planos de retirada de Washington do órgão internacional.

"O mundo está enfrentando agora os impactos do unilateralismo e da política de poder, trazendo grandes desafios para a segurança da saúde global", afirmou o vice-primeiro-ministro chinês, Liu Guozhong, citado pela mídia. "A China acredita firmemente que somente com solidariedade e assistência mútua poderemos criar um mundo saudável juntos", assegurou.
Crise de financiamento
Na segunda-feira (19), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, revelou que a agência da ONU reduzirá sua equipe devido à escassez de financiamento.
"Como resultado da definição das prioridades, foi desenvolvida uma nova estrutura de sede simplificada, reduzindo a equipe de gerenciamento executivo de 14 para sete e o número de departamentos de 76 para 34", afirmou o diretor-geral durante discurso na 78ª Assembleia Geral de Saúde.
Este ano, a OMS sofreu uma queda em sua capacidade de cumprir seu largo escopo de funções e enfrenta uma das crises mais graves de seus 77 anos de história, conforme cita a AP.
