Na terça-feira, maioria dos ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) votou favoravelmente à revisão do Acordo de Associação com Israel, estrutura legal que rege as relações bilaterais entre Bruxelas e Tel Aviv. O objetivo é aumentar a pressão sobre Israel para acabar com o bloqueio à população da Faixa de Gaza. As informações são do portal Euractiv.
Se a revisão concluir que Tel Aviv violou o artigo 2 - que estabelece que as relações "devem se basear no respeito aos direitos humanos e aos princípios democráticos" - o acordo poderá ser suspenso, acrescenta o veículo.
"O que [essa medida] diz é que os países veem que a situação em Gaza é insustentável. O que queremos fazer é realmente ajudar as pessoas, o que queremos fazer é desbloquear a ajuda humanitária para que ela chegue às pessoas", disse Kaja Kallas, alta representante da UE para assuntos estrangeiros e política de segurança, durante uma coletiva de imprensa em Bruxelas.
A iniciativa diplomática foi inicialmente liderada pela Holanda, cujo ministro das Relações Exteriores, Caspar Veldkamp, enviou na semana passada uma carta solicitando o apoio de seus colegas para iniciar o procedimento, argumentando que o bloqueio humanitário de Israel a Gaza constitui uma violação de suas obrigações com a lei humanitária internacional.
De acordo com diplomatas da UE, dezessete Estados-membros apoiaram publicamente a iniciativa, incluindo Bélgica, Finlândia, França, Irlanda, Luxemburgo, Portugal, Eslovênia, Espanha, Suécia e Finlândia.