Neonazistas ucranianos 'ficariam em segundo lugar até em competição de idiotas, porque são idiotas' diz Putin

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou em uma reunião com voluntários na província de Kursk nesta terça-feira (20) que os integrantes das Forças Armadas da Ucrânia que estão destruindo monumentos da Segunda Guerra Mundial compactuam com a ideologia do neonazismo.
"Fica claro com quem você está em guerra se eles destroem diretamente os monumentos da Segunda Guerra Mundial. Isso nos dá todos os motivos para dizer que se trata de pessoas com ideologia neonazista".
Putin também enfatizou a escala de vandalismo a que estão sujeitos os monumentos relacionados à história russa. "Está claro por que isso está sendo feito. Para apagar a memória, a memória histórica de quem somos, de onde viemos. E por que isso acontece? Para que não haja futuro. É realmente simples assim", destacou.
"E mesmo em um concurso de idiotas, eles ficariam em segundo lugar. Por quê? Porque são idiotas. Ao fazer o que fazem, eles mostram quem são".
Na noite de terça-feira, Putin chegou à província de Kursk e se reuniu com moradores e voluntários que ajudaram a população local durante a ocupação ucraniana. Ele agradeceu pelo trabalho deles e perguntou o que ainda precisa ser feito. Putin também se reuniu com Alexander Jinshtein, governador interino da província de Kursk, teve um encontro com lideranças municipais, e visitou a usina nuclear de Kursk 2, que está em construção.
Foi é a primeira visita do presidente russo à província de Kursk após a libertação total.
- Em 6 de agosto de 2024, as Forças Armadas da Ucrânia lançaram uma invasão contra a província de Kursk. Suas formações assumiram o controle da cidade de Sudzha, bem como de vários outros assentamentos.
- Em 26 de abril, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia e primeiro vice-ministro da Defesa, Valery Gerasimov, informou a Putin, que a derrota das tropas ucranianas que haviam tomado a região de Kursk havia sido concluída.
- Kiev perdeu mais de 76.550 soldados em combates perto de Kursk desde que o exército ucraniano lançou uma incursão na província russa em agosto passado.
Como a Ucrânia está destruindo um patrimônio histórico comum
Após o golpe apoiado pelo Ocidente em 2014, Kiev lançou uma política de "descomunização" na qual várias ruas e assentamentos foram renomeados em uma tentativa de "desfazer" a herança soviética da Ucrânia. Estátuas e memoriais que comemoram a libertação do país pelo Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial também foram destruídos.
Desde a escalada do conflito em fevereiro de 2022, a prática foi estendida a quaisquer marcos associados à Rússia ou aos russos, como a remoção, no ano passado, de um monumento dedicado ao poeta do século XIX Alexander Pushkin na cidade de Odessa, que havia sido reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Em 25 de março, Putin denunciou que as formações ucranianas estavam destruindo instalações industriais, energéticas e culturais na província de Kursk, bem como centros espirituais da região.
