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Venezuela rejeita "politização" e " aplicar padrões duplos" no Conselho de Direitos Humanos da ONU

Caracas denunciou a existência de uma "narrativa comunicacional" financiada por fatores estrangeiros.
Venezuela rejeita "politização" e " aplicar padrões duplos" no Conselho de Direitos Humanos da ONUGettyimages.ru / Kena Betancur

O Governo venezuelano rejeitou nesta terça-feira as tentativas de politizar e aplicar padrões duplos no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas ao avaliar a situação dos direitos humanos no país.

"Rejeitamos a prevalência de declarações hostis e infundadas nesta atualização oral, não verificadas ou contrastadas com o Estado. E que, sem dúvida, serão esperadas como insumos para a narrativa sobre a Venezuela exposta pela mídia transnacional, financiada pelos países ou grupos de países que atacam a Venezuela com as MCU (medidas coercitivas unilaterais)", disse de Genebra o representante permanente da nação sul-americana na organização, Alexander Yánez Deleuze.

Da mesma forma, ratificou a "rejeição da politização e dos padrões duplos" que, segundo o diplomata, estão sendo promovidos por "setores muito específicos" do Conselho contra a Venezuela e outros países do Sul Global.

Yánez também comentou sobre a recente saída da Venezuela de funcionários do escritório do Alto Comissário Volker Türk, por se intrometerem nos assuntos internos do país, tomando partido de pessoas acusadas em várias tentativas de golpe e tentativas de assassinato denunciadas por Caracas.

"É muito lamentável que a equipe do Escritório na Venezuela tenha se afastado de seu mandato de imparcialidade, realizando ações impróprias, favorecendo grupos golpistas e terroristas, em contravenção ao acordo que o regulamentava", disse o funcionário, que chamou a atenção para lembrar que, nesse contexto, o Escritório do Alto Comissariado não se pronunciou "em nenhum momento sobre as denúncias documentadas" das conspirações apresentadas pelo Estado venezuelano.

Em um adendo, ele considerou que "é impossível falar sobre direitos humanos na Venezuela sem abordar o terrível impacto das medidas coercitivas unilaterais ilegais", ações que na última década causaram ao país perdas da ordem de 232 bilhões de dólares e que foram denunciadas pelas autoridades nacionais perante o Tribunal Penal Internacional como crimes contra a humanidade.