
Brasil é convidado a presidir grupo pela criação de Estado palestino na ONU

O Brasil e o Senegal foram convidados a presidir conjuntamente o grupo de trabalho Promoção do respeito ao direito internacional para a implementação da solução de dois Estados, afirmou o Itamaraty à imprensa brasileira.

O grupo em questão integra a Conferência Internacional para a Solução Pacífica da Questão da Palestina, liderada pela França e a Arábia Saudita. Os dois países, responsáveis pelo convite aos representantes brasileiros e senegaleses, planejam realizar em julho um evento em Nova York dedicado ao amplo reconhecimento internacional do Estado Palestino.
Papel histórico
Em 1947, a diplomacia brasileira teve um papel crucial na criação do Estado de Israel. O diplomata Oswaldo Aranha presidiu a sessão que estabeleceu as bases para a formação do novo país e, em reconhecimento a sua contribuição, foi cotado para o Prêmio Nobel da Paz. Em Israel, diversas ruas e praças foram nomeadas em sua homenagem.
Já nos últimos anos, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva tem se destacado como uma das mais importantes vozes contra as ações de Israel na Faixa de Gaza. Durante sua visita à Rússia neste mês, Lula chegou a afirmar que a ONU perdeu a sua força, mostrando-se incapaz de "manter paz" e prevenir o "genocídio" perpetrado pelas forças israelenses.
🇧🇷🇵🇸 Lula critica postura da ONU diante do 'genocídio' em Gaza e defende Brasil no Conselho de Segurança💬 ''A ONU, em 1948, teve força para criar o Estado de Israel, hoje não tem força sequer para manter paz no terreno em que estão morando os palestinos''. pic.twitter.com/SDlMyLmE46
— RT Brasil (@rtnoticias_br) May 10, 2025
ONU
Atualmente, 147 dos 193 países membros das Nações Unidas reconhecem oficialmente o Estado da Palestina, o que representa aproximadamente 76% dos membros da ONU.
Em maio de 2024, Espanha, Irlanda e Noruega se juntaram ao grupo de países da União Europeia que reconhecem oficialmente o Estado da Palestina, elevando para dez o total de membros do bloco que adotaram essa posição. Antes deles, já haviam concedido o reconhecimento Bulgária, Chipre, Malta, Hungria, Polônia, Suécia e Romênia.
