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Trump acredita que Putin 'quer realmente' pôr fim ao conflito ucraniano

Presidente dos EUA sugeriu repassar à Europa o papel de seu país nas negociações de paz na Ucrânia.
Trump acredita que Putin 'quer realmente' pôr fim ao conflito ucranianoAndrew Harnik/Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (19) acreditar que seu homólogo russo, Vladimir Putin, deseja pôr fim ao conflito ucraniano.

"Eu realmente acho que ele quer acabar com isso", afirmou o mandatário norte-americano a jornalistas na Casa Branca.

Trump indicou que, se não houver progresso nas negociações entre a Rússia e a Ucrânia, os EUA cederão seu papel na resolução do conflito para a Europa.

"Acho que alguma coisa vai acontecer. Há um ego enorme envolvido, mas acho que alguma coisa vai acontecer. Se não acontecer, vamos embora", disse ele.

Ele enfatizou que o conflito "deveria ter permanecido uma situação europeia", mas que o governo anterior acreditava que deveria estar envolvido.

"Doamos quantias recordes; nunca houve nada parecido. A Europa doou muito, mas não tanto quanto nós. É uma vergonha; o nível de mortes é uma vergonha", comentou.

Questionado por repórteres sobre a possibilidade de os EUA imporem novas sanções a Moscou, Trump respondeu que "pode ​​chegar um momento em que isso aconteça", embora tenha enfatizado que "há uma possibilidade de que resultados sejam alcançados".

Ao comentar sobre o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, o presidente dos EUA declarou: "não é a pessoa mais fácil de se conversar".

Trump ainda reforçou o distanciamento que defende em relação ao conflito: "Não é a nossa guerra. Não é a minha guerra".

Segundo ele, nos próximos dias poderá haver uma definição mais clara do papel dos EUA no conflito. "Estaria pronto em 2 a 4 semanas para dizer se a Ucrânia está fazendo o suficiente para resolver o conflito", disse.

Nesta segunda-feira, o presidente Trump e seu colega russo, Vladimir Putin, mantiveram uma conversa telefônica que durou duas horas e cinco minutos, de acordo com o conselheiro presidencial russo Yuri Ushakov, que disse que o diálogo foi franco e construtivo, marcado pelo respeito mútuo.

Ambos os líderes discutiram a resolução do conflito ucraniano, bem como o estado das relações entre a Rússia e os Estados Unidos, ambos pedindo uma maior normalização.