A Rússia pretende transformar o Ártico em um polo estratégico de desenvolvimento até 2030. O presidente Vladimir Putin aprovou uma série de medidas que envolvem desde a construção de novos rompe-gelos nucleares até o fortalecimento da infraestrutura turística e militar na região. O anúncio foi feito após uma visita de trabalho à cidade de Múrmansk, no dia 27 de março de 2025.
Entre os principais projetos, estão a reconstrução de três aeroportos, a construção de um novo terminal aéreo na península de Taimyr, a criação de uma estação científica internacional e o aumento da conectividade digital por meio da ampliação do acesso à internet de alta velocidade.
Principais metas do plano russo para o Ártico:
Reconstruir três aeroportos existentes e construir um novo na península de Taimyr;
Iniciar a construção de dois rompe-gelos nucleares universais até 2026;
Apresentar propostas para o desenvolvimento de zonas turísticas nos territórios árticos e criar a infraestrutura necessária para recebê-las;
Avaliar a criação de organizações conjuntas com participação estrangeira para o transporte de mercadorias;
Expandir as infraestruturas nas áreas de presença militar;
Facilitar a criação da Estação Ártica Internacional de Snezhinka até 2028;
Apresentar propostas para lançar uma constelação de naves espaciais voltadas à vigilância das águas da Rota Marítima do Norte;
Estudar a possibilidade de criar locais de pouso para drones de carga nas regiões árticas;
Avaliar a construção de embarcações quebra-gelo de pequeno porte para o transporte de passageiros;
Aprovar um programa para ampliar o número de residências com acesso à internet rápida.
A importância estratégica do Ártico
Apesar de ser uma das regiões mais inóspitas do planeta, o Ártico tem uma importância geopolítica crescente. Rica em matérias-primas, como petróleo, gás e reservas de água doce, a região também oferece a possibilidade de encurtar rotas transcontinentais de transporte marítimo, um atrativo que desperta o interesse de diversas potências globais.
Além do valor econômico, o Ártico representa uma peça-chave na disputa por influência no cenário internacional. O plano russo demonstra a intenção do Kremlin de consolidar sua presença na região, tanto em termos de defesa quanto de exploração econômica.
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