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Um aliado essencial da Ucrânia prevê 'dias muito difíceis' após as negociações entre Moscou e Kiev

O primeiro-ministro polonês declarou que, no momento, "a principal tarefa é manter a unidade total dos parceiros europeus e americanos na questão ucraniana".
Um aliado essencial da Ucrânia prevê 'dias muito difíceis' após as negociações entre Moscou e KievGettyimages.ru / KuglerSteffen/Bundesregierung

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, reuniu-se na sexta-feira (16) com seus colegas europeus e com o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, com quem fez uma ligação telefônica para o presidente dos EUA, Donald Trump, para discutir as negociações entre Rússia e Ucrânia, ocorridas em Istambul no mesmo dia.

"Provavelmente teremos dias muito difíceis pela frente", afirmou o líder polonês em uma coletiva de imprensa após a conversa. As negociações entre Moscou e Kiev foram realizadas sem pré-condições por sugestão do presidente russo, Vladimir Putin, mas Tusk disse que "o lado russo não demonstrou boa vontade" no diálogo com a Ucrânia, sem dar mais detalhes.

"Continuaremos a trabalhar juntos. A principal tarefa é manter a unidade total dos parceiros europeus e norte-americanos sobre a questão ucraniana, que continua atual", destacou ele. Nesse contexto, ele também pediu para aumentar a pressão sobre a Rússia.

Tusk, assim como o presidente francês Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o chanceler alemão, Friedrich Merz, se reuniram com Zelensky em Tirana para a cúpula da Comunidade Política Europeia.

Visão otimista

O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, afirmou que "é bom que se tenha chegado a um acordo sobre a troca de 1.000 prisioneiros. 1.000 soldados russos voltarão para a Rússia e 1.000 soldados ucranianos voltarão para a Ucrânia", disse ele à mídia local. "Essa é a maior troca de soldados da história, e é uma boa notícia", observou.

Ele observou que essa troca mostra que o diálogo "começou". "E quando o diálogo começar, acho que haverá outros resultados", concluiu. Vucic, no entanto, advertiu que não acreditava que a luta terminaria em breve. 

Enquanto isso, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, pediu aos líderes da União Europeia que sigam o exemplo dos EUA e iniciem um diálogo com Moscou. "É uma ilusão pensar que a paz será alcançada [apenas] por meio de negociações entre a Rússia e a Ucrânia. Os líderes europeus, mais cedo ou mais tarde, também terão que negociar com o presidente russo, isso é inevitável", declarou Orbán.