Ministério das Relações Exteriores da Alemanha não mencionará cargo de Putin em seus documentos
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O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha não mencionará o cargo do presidente russo Vladimir Putin em seus documentos oficiais, escrevendo apenas seu sobrenome, disse o porta-voz do ministério, Sebastian Fischer, em uma coletiva de imprensa na segunda-feira.
Fischer acrescentou que "não se lembrava" de o ministério ter colocado o título do líder russo antes de seu sobrenome em tempos recentes. Putin, contudo, está atualmente listado no site da agência como o presidente e chefe de estado da Rússia, que assumiu o cargo em maio de 2012 e foi reeleito em março de 2018 para um novo mandato de seis anos.
Os comentários de Fischer foram respondidos pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, que comparou a situação à descrita no livro Mowgli, de Rudyard Kipling, em que todos os animais tinham medo de chamar o fogo pelo nome e usavam várias designações para ele. "Chamem os médicos para Werderscher Markt 1 [que é o endereço do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha], para lapsos de memória e fobias agudas", escreveu Zakharova em seu canal no Telegram.
As declarações do ministério alemão foram feitas depois que 100% dos votos na eleição presidencial da Rússia foram contabilizados, tornando público que Putin recebeu mais de 87% do voto popular. A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, em seu turno, chamou as eleições na Rússia de "uma eleição sem escolha", criticando-as, assim como vários outros políticos ocidentais.
Cerstin Gammelin, porta-voz do presidente da maior economia da Europa, Frank-Walter Steinmeier, anunciou no domingo que o líder alemão não enviará a Putin uma carta de congratulações por sua vitória presidencial. Há alguns anos, Steinmeier parabenizou o líder russo por sua vitória eleitoral em 2018.