Petro anuncia pedido de adesão da Colômbia ao Banco dos BRICS e apresenta megaprojeto bioceânico

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, apresentou ao Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), vinculado ao grupo BRICS, um megaprojeto bioceânico que visa conectar os oceanos Pacífico e Atlântico por meio de uma ferrovia ou canal de 120 quilômetros de extensão, entre o Golfo de Urabá, no Mar do Caribe, e a baía de Cupica, na costa do Pacífico, ambos localizados na região de Chocó, no noroeste da Colômbia.

A proposta foi discutida nesta sexta-feira (16) durante encontro realizado em Xangai, na China, com a presidente da instituição, Dilma Rousseff.

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Segundo Petro, o projeto poderá integrar toda a América do Sul com o continente asiático, reduzindo custos logísticos e posicionando a Colômbia como um centro estratégico no comércio global. O presidente destacou ainda que essa iniciativa tem potencial para fortalecer a integração regional, com impacto significativo na região andina e em toda região sul-americana.

"Poderia unir toda a América do Sul Atlântica com a Ásia para melhorar seus custos de transporte. Um projeto global que tornaria a Colômbia ainda mais o coração do mundo. Um projeto que deveria ser Gran Colombiano e Sul Americano", publicou o líder colombiano na rede X.

Adesão

A Colômbia também formalizou o início do processo de adesão ao NDB com o objetivo de se tornar um país beneficiário, o que permitirá acessar empréstimos a juros baixos para financiar projetos em infraestrutura, energia renovável, saúde e outras áreas prioritárias. O governo colombiano vê no banco uma alternativa às instituições financeiras tradicionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

O anúncio ocorre em meio a tensões com os Estados Unidos, que recentemente manifestaram restrições a projetos apoiados por bancos chineses na América Latina. Em resposta, Petro afirmou que seu governo respeitará a soberania das decisões financeiras, ao mesmo tempo em que buscará garantir a transparência e a participação de empresas nacionais em futuros processos licitatórios.