A delegação russa comentou com a imprensa os resultados da reunião com representantes do regime ucraniano, realizada nesta sexta-feira (16), na cidade de Istambul, na Turquia.
O chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, afirmou:
"Estamos satisfeitos com o resultado e prontos para continuar o contato. O que combinamos? Primeiro: nos próximos dias, haverá uma troca de prisioneiros em grande escala no formato de 1.000 por 1.000.
Segundo: o lado ucraniano solicitou conversas diretas entre os chefes de Estado. Levamos em conta essa solicitação.
Terceiro: concordamos que cada lado deveria apresentar sua visão de um possível cessar-fogo futuro e defini-la em detalhes. Uma vez que essa visão tenha sido apresentada, acreditamos que seria apropriado – também concordamos – continuar nossas negociações. Obrigado."
O encontro entre os dois países – o primeiro em três anos – foi realizado a portas fechadas e teve início com um discurso do ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan. Segundo ele, a disposição da Rússia e da Ucrânia para retomar o diálogo abriu "uma nova janela de oportunidade".
"Temos dois caminhos diante de nós. Um caminho levará à paz. O segundo levará a mais destruição. As próprias partes determinarão o caminho que escolherão", disse Fidan.
- A delegação russa é liderada assessor especial de Vladimir Putin, Vladimir Medinsky, e conta com Mikhail Galuzin, vice-ministro das Relações Exteriores; Igor Kostiukov, chefe da Diretoria Geral do Estado-Maior das Forças Armadas; e Alexander Fomin, vice-ministro da Defesa.
- Participam das negociações 12 autoridades ucranianas, entre elas os vice-chefes do Serviço de Segurança, do Estado-Maior e do Ministério das Relações Exteriores. A delegação de Kiev é chefiada pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov.