A Administração de Combate às Drogas dos EUA (DEA) alertou que a mistura de fentanil com outras substâncias ilícitas é uma tendência atual, que "aumenta significativamente o risco de intoxicação" entre os consumidores.
"O fentanil está sendo cada vez mais misturado a outras drogas ilícitas, como heroína e cocaína. Os usuários podem consumir essas drogas sem saber que elas contêm fentanil, o que aumenta significativamente o risco de intoxicação", disse a agência em seu recente relatório, divulgado na quinta-feira (15).
O estudo revela ainda que "pílulas farmacêuticas falsificadas contendo fentanil representam um perigo adicional", pois muitas têm semelhança com outras substâncias comercializadas no mercado legal de drogas, como a oxicodona. Segundo a explicação, elas são tão semelhantes que "o conteúdo de fentanil dessas pílulas falsas só é detectado após análise laboratorial".
Onda crescente
De acordo com dados dos Centros de Controle de Doenças (CDC) citados no relatório, das 74.702 mortes atribuídas a overdoses de drogas em 2023, 69% foram causadas por opioides sintéticos, especialmente fentanil. No entanto, os números preliminares de 12 meses, encerrados em outubro de 2024, mostram uma redução de 33% no total de mortes por overdose de opioides sintéticos em comparação com o ano anterior.
Em termos de apreensões, a DEA afirma ter apreendido 9.950 quilos de fentanil em 2024, o que seria 29% menos do que no ano anterior. A tendência se repete com relação às pílulas falsificadas: no ano passado, a quantidade apreendida diminuiu 24% em relação a 2023.