Ministério Público da Argentina pede 12 anos de prisão para Cristina Kirchner

Procurador-geral solicitou à Suprema Corte que amplie a pena da ex-presidente, que já foi condenada por corrupção em 2022.

O Ministério Público da Argentina pediu nesta quinta-feira (15) que a pena da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner seja ampliada para 12 anos de prisão, além da inabilitação definitiva para cargos públicos. A solicitação foi apresentada pelo procurador-geral, Eduardo Casal, à Suprema Corte, onde o caso segue em análise, reportou o site Infobae.

Cristina foi condenada em 2022 a seis anos de prisão por administração fraudulenta, acusada de beneficiar o empresário Lázaro Báez com contratos de obras rodoviárias durante seus dois mandatos como presidente. A pena foi confirmada por um tribunal de apelação em novembro de 2024, mas ainda não transitou em julgado.

Ao recorrer da decisão, a ex-presidente alegou parcialidade no processo e denunciou ser vítima de perseguição judicial com motivações políticas, o chamado "lawfare". Em março, a defesa de Cristina questionou a legitimidade de um dos juízes da Corte, nomeado por decreto pelo atual presidente Javier Milei.

Os ministros da Suprema Corte argentina já estão aptos a julgar o recurso de Cristina Kirchner, mas ainda não há previsão para a decisão final. Se a condenação for mantida, a ex-presidente poderá pleitear o cumprimento da pena em regime domiciliar, devido à sua idade.

Além das acusações na Justiça argentina, Cristina e seus filhos também foram alvo de sanções dos Estados Unidos, que proibiram sua entrada no país sob alegações de envolvimento em corrupção significativa.