A Ucrânia não fez nenhuma proposta ao presidente russo, Vladimir Putin, no contexto das negociações entre Kiev e Moscou planejadas para esta quinta-feira (15) na Turquia, disse o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, embora quatro dias antes tenha solicitado a presença do presidente russo na reunião.
"Não fiz nenhuma proposta a Putin. Todos nós presumimos que ele propôs negociações diretas. Por quê? Por que propôs negociações diretas? Porque não queria um cessar-fogo. Poderíamos não nos reunir, e ele simplesmente dizer: 'Está bem, haverá um cessar-fogo'. Bem, houve tentativas na Páscoa. Não nos reunimos. E nem mesmo concordamos com nada. Simplesmente disse: 'Queremos mostrar que também vamos tomar algumas medidas'", disse Zelensky em coletiva de imprensa como parte de sua visita oficial à capital turca, Ancara.
No domingo passado, Vladimir Putin propôs ao lado ucraniano retomar as negociações diretas em Istambul em 15 de maio, que foram frustradas há três anos. Por sua vez, o líder do regime de Kiev estabeleceu uma série de precondições para as conversas. Em particular, disse que esperaria por Putin "pessoalmente" em Istambul e reiterou sua exigência de um cessar-fogo total.
A delegação russa chegou a Istambul na manhã desta quinta-feira (15) liderada pelo assessor presidencial, Vladimir Medinsky. A delegação também inclui Mikhail Galuzin, vice-ministro das Relações Exteriores, Igor Kostiukov, chefe da Diretoria Geral do Estado-Maior das Forças Armadas, e Alexander Fomin, vice-ministro da Defesa, além de quatro especialistas.
"O objetivo das negociações diretas com o lado ucraniano é, mais cedo ou mais tarde, estabelecer uma paz duradoura, eliminando as causas básicas do conflito", disse Medinsky.