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Rússia quer paz duradoura com a Ucrânia, declara chefe da delegação russa em Istambul

Vladimir Medinsky afirma que Moscou vê as negociações como "uma continuação" do processo pacífico que foi interrompido em 2022.
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O assessor presidencial russo, Vladimir Medinsky, que chefia a delegação de Moscou nas negociações com representantes ucranianos, fez uma declaração à imprensa na cidade turca de Istambul. Medinsky declarou que Moscou considera as negociações como "uma continuação" do processo pacífico que foi interrompido em 2022.

Ele contou que a composição da delegação russa foi referendada pelo presidente do país e "tem todos os poderes e autoridade necessários para realizar as negociações". A delegação está determinada a "buscar possíveis soluções e pontos em comum", declarou.

"O objetivo das negociações diretas com o lado ucraniano é, mais cedo ou mais tarde, estabelecer uma paz duradoura, eliminando as causas básicas do conflito".

A delegação russa, que também inclui Mikhail Galuzin, vice-ministro das Relações Exteriores; Igor Kostiukov, chefe da Diretoria Geral do Estado-Maior das Forças Armadas; e Alexander Fomin, vice-ministro da Defesa, chegou à Turquia na quinta-feira para se reunir com os representantes de Kiev.

Espera-se que os dois países realizem suas primeiras conversas desde 2022.

Negociações de paz

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs retomar no dia 15 de maio, sem condições prévias, as negociações diretas entre Kiev e Moscou, após terem sido interrompidas em 2022.

Na ocasião, reiterou que seu país nunca abandonou o diálogo com o lado ucraniano, sendo uma atitude promovida pelo regime de Kiev ao sair das negociações.

Em seguida, o líder russo conversou com seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, que acolheu a proposta de retomar os diálogos.

"A Turquia está disposta a acolher e sediar as negociações que conduzam a uma solução duradoura", disse o comunicado da presidência turca.

Por sua vez, o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, afirmou à altura estar disposto a manter diálogo direto com o mandatário russo.

Enquanto isso, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que considerava ir até Istambul para assistir à reunião entre representantes da Rússia e da Ucrânia.