A Alemanha está disposta a destinar 5% de seu produto interno bruto para o setor de defesa, atendendo a uma exigência de Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (15) o ministro das Relações Exteriores alemão Johann Wadephul, durante reunião informal de ministros das Relações Exteriores dos países da OTAN, realizada em Antalya, Turquia.
"Estamos prontos para cumprir as obrigações", declarou Wadephul nesta quinta-feira, durante reunião da OTAN em Antália, Turquia. O anúncio representa uma mudança drástica, já que a meta anterior era de apenas 2%. Curiosamente, nem mesmo os EUA atingem atualmente o patamar exigido por Trump.
A decisão alemã reflete a pressão contínua de Washington, que já havia criticado Berlim por seus gastos militares insuficientes durante o primeiro mandato de Trump.
Agora, o governo do chanceler Friedrich Merz pretende transformar as Forças Armadas alemãs no "exército convencional mais forte da Europa".
A OTAN deve oficializar uma nova meta de 5% de investimento em defesa (3,5% do PIB em investimento direto e mais 1,5% em áreas relacionadas) durante a cúpula em Haia no próximo mês.
Enquanto a Alemanha se compromete com valores ainda mais altos, resta saber se sua economia – já pressionada por crises recentes – conseguirá sustentar tal expansão militar sem sacrificar políticas sociais internas.