Lula defende papel do BRICS para fortalecer voz do Sul Global: 'Mudar o eixo da geopolítica mundial'

O presidente brasileiro defendeu a reforma de instituições internacionais, como o Conselho de Segurança da ONU, reforçando que elas devem refletir as dinâmicas globais contemporâneas.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, realizou fortes críticas nesta terça-feira (13) a organizações internacionais, como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), apontando que tais instituições não refletem as dinâmicas globais contemporâneas. Nesse sentido, destacou o papel do BRICS em "colocar os excluidos dentro do sistema político-econômico" internacional.

Lula defendeu um "rearranjo na geopolítica internacional", enfatizando que o mundo não pode continuar subordinado a uma organização que não reflete as dinâmicas do mundo contemporâneo, e sim do pós-segunda guerra (referindo-se ao Conselho de Segurança da ONU).

"Não podemos continuar no primeiro quarto do século XXI como estávamos na metade do século passado", arrematou o presidente em uma conferência de imprensa. Para isso, ele defendeu que é preciso "colocar dentro do Conselho de Segurança o mundo atual".

"Qual é a explicação do Brasil não estar no Conselho de Segurança? Da Índia, da Alemanha, do Japão, da África do Sul, da Nigéria, do Egito não estarem? Qual é a explicação? Nenhuma!", afirmou.

Lula ressaltou que o mundo não deve "menosprezar a força do BRICS", enfatizando a importância do bloco entre as 20 maiores economias do mundo, com todos os seus países compondo o G20.

O presidente, ao falar de outras instituições internacionais, destacou a falta de representatividade de países do Sul Global e da sobrerepresentação da Europa e dos EUA. "Nós queremos igualdade", declarou Lula.

O mandatário brasileiro elogiou a Declaração de Pequim, acordada na IV Reunião Ministerial do Fórum Celac-China nesta terça-feira (13), classificando-a como um "alento" para os países da América Latina e Caribe.

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