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Eleição presidencial na Rússia: participação recorde e número de ataques cibernéticos sem precedentes

Com 99,75% dos protocolos eleitorais processados, Vladimir Putin tem o apoio de 87,29% dos eleitores.
Eleição presidencial na Rússia: participação recorde e número de ataques cibernéticos sem precedentesSputnik / Kirill Kalinnikov

A presidente da Comissão Eleitoral Central (CEC) da Rússia, Ella Pamfilova, discursou nesta segunda-feira para fazer um balanço das eleições presidenciais realizadas no país de 15 a 17 de março.

Resultados

A CEC informou que 99,75% dos protocolos eleitorais foram processados até o momento.

Vladimir Putin tem o apoio de 87,29% dos eleitores. Em números concretos, 75.932.111 cidadãos russos votaram no atual líder do país, o que representa um número recorde.

Por sua vez, Nikolai Kharitonov (do Partido Comunista da Federação da Rússia) obteve 4,30% dos votos, Vladislav Davankov (Partido Gente Nova) e Leonid Slutski (Partido Liberal-Democrático da Rússia) receberam 3,84% e 3,21% dos votos, respectivamente.

A CEC divulgará os resultados da eleição presidencial russa de forma oficial em 21 de março.

A maior participação da história

Pamfilova observou que as eleições atingiram a participação mais alta na história moderna do país, 77,44%. Também observou que 87.113.127 cidadãos russos compareceram às urnas.

De acordo com ela, o alto comparecimento pode ser atribuído ao fato de que as eleições foram realizadas em três dias e que foi possível exercer o direito de voto pela Internet.

Ela ainda atrelou o fenômeno à pressão dos países ocidentais. "O povo da Rússia não tolera pressão nem dentro nem fora do país", afirmou. 

Número de ataques sem precedentes

Pamfilova afirmou que o sistema de votação eletrônica on-line foi submetido a um número de ataques "sem precedentes".

Também destacou que mais de 12 milhões de ataques cibernéticos foram registrados contra os recursos da CEC desde o início da campanha presidencial. "Isso é 150 vezes mais do que o normal", detalhou Pamfilova.

"O grau de influência agressiva [do exterior] não tem precedentes. Nunca passamos por algo assim. Sempre há influência externa, em todas as eleições, estamos acostumados a isso, é uma questão permanente. Mas o grau de influência externa nas eleições desta vez, o desejo de perturbá-las e desacreditá-las, não tem precedentes", declarou.