
China e Brasil apoiam proposta de Putin para diálogos de paz sobre conflito ucraniano

Em declaração conjunta sobre o conflito na Ucrânia, China e Brasil manifestaram apoio à proposta apresentada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, no último dia 10, para o início de negociações de paz.
"O Brasil e a China avaliam positivamente os recentes sinais de disposição ao diálogo e manifestam sua expectativa de que as partes possam alcançar um entendimento que viabilize o início de negociações frutíferas, que contemplem as preocupações legítimas de todas as partes", diz o documento adotado durante o Fórum CELAC-China, realizado nesta terça-feira (13), em Pequim.

Os dois países afirmam ser necessário abordar as raízes do conflito com o objetivo de alcançar um acordo de paz "duradouro e justo".
Em maio de 2024, Brasil e China solicitaram que todas as partes retomassem o diálogo e, em setembro, criaram no âmbito da ONU o Grupo de Amigos da Paz, reunindo países do Sul Global.
"O Brasil e a China seguem à disposição, junto com o Sul Global, para continuar apoiando os esforços para pôr fim ao conflito", conclui o texto.
A proposta de Putin para reiniciar as negociações
A sugestão de retomar o diálogo partiu do próprio Putin, que propôs o reinício das conversas no dia 15 de maio, sem exigências prévias. O presidente russo reiterou que Moscou nunca abandonou a via diplomática — ao contrário de Kiev, que se retirou das negociações em 2022.
Após reunião com Putin, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, declarou estar pronto para sediar o encontro: "A Turquia está disposta a receber negociações que levem a uma solução duradoura", informou seu gabinete.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump afirmou que estuda viajar a Istambul para acompanhar de perto a reunião entre representantes da Rússia e do regime ucraniano.
- Teve início nesta terça-feira (13) o 4º Fórum CELAC-China, voltado a estreitar os laços econômicos, políticos e de investimento entre a China e os 33 países que integram a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos.
- Participam do encontro os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro; do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; e do Chile, Gabriel Boric, além de outras autoridades da América Latina e do Caribe.
