Milei promete outro 'megadecreto' se o DNU não for aprovado na Câmara dos Deputados

O presidente da Argentina, Javier Milei, mais uma vez minimizou o fracasso de seu decreto de necessidade e urgência (DNU) - um dos eixos centrais de seu Governo - no Senado, reiterando no último domingo em entrevista à LN+ que ainda há uma chance de que ele acabe não sendo rejeitado pela Câmara dos Deputados.

Milei acrescentou que as votações realizadas na Câmara "são públicas", o que significa que as pessoas saberão"quem são os inimigos da sociedade, quem é a favor dos privilégios e quem é a favor da liberdade".

"Que eles assumam a responsabilidade pelo que votam. Nós vamos expô-los", sublinhou Milei. Caso o DNU também seja rejeitado pela Câmara dos Deputados, o presidente argentino prometeu que trabalhara pela promoção de outros decretos semelhantes, em outros formatos, até que suas reformas sejam adotadas.

Apesar de ter sido derrotada pelos senadores argentinos com 42 votos contra, 25 votos a favor e quatro abstenções, a proposta legislativa apresentada por Milei em dezembro passado continua em vigor, já que também precisa ser rejeitada pela Câmara dos Deputados para ser completamente revogada.

• Após a rejeição da DNU no Senado, Milei observou que isso "levanta dúvidas" sobre sua convocação em 1 de março, na abertura das sessões do Congresso, quando pediu aos governadores de todas as províncias que assinassem o Pacto de Maio, marcado para 25 de março na província de Córdoba.
  
  
• O Governo argentino está tentando avançar com várias reformas estatais para abrir caminho para suas propostas de livre-mercado, desregulamentação e dolarização da economia e privatização de empresas públicas, entre outras medidas.