A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL) solicitou, nesta segunda-feira (12), que todos os envolvidos nos confrontos em Trípoli interrompam imediatamente os combates e restabeleçam a calma. O apelo ocorre diante da escalada de violência em áreas civis da capital da Libia.
Segundo o comunicado divulgado nas redes sociais, a ONU afirmou estar "alarmada com a situação de segurança que está se desenvolvendo em Trípoli, com combates intensos e uso de armamento pesado em zonas civis densamente povoadas". A organização ainda reforçou que "a Missão apela a todas as partes para cessarem imediatamente os combates e restabelecerem a calma, e relembra a todas as partes sua obrigação de proteger a população civil em todos os momentos".
O texto também alerta que "os ataques contra civis e bens de caráter civil podem constituir crimes de guerra". Ainda de acordo com o comunicado, "a UNSMIL apoia plenamente os esforços dos anciãos e líderes comunitários para reduzir a tensão".
O que ocorre na Líbia?
Na capital Trípoli, confrontos entre grupos armados intensificaram-se após o assassinato de Abdul Ghani al Kikli, conhecido como Ghniwa, chefe do Aparato de Apoio à Estabilidade. Segundo fontes locais, ele foi morto dentro da sede da 444.ª Brigada de Combate da Zona Militar de Trípoli.
O episódio desencadeou um confronto entre a organização que ele liderava e uma coalizão composta pela Brigada 444, Brigada 111, Força Conjunta de Misrata e Força de Apoio à Direção.
Vídeos publicados nas redes sociais mostram movimentação militar e troca de tiros na cidade. Moradores relataram ouvir disparos e explosões em vários bairros da capital.
Diante do agravamento da situação, o governo adotou medidas emergenciais. O Ministério do Interior recomendou que a população permanecesse em casa, e a Universidade de Trípoli, assim como outras instituições de ensino, suspendeu as atividades por tempo indeterminado.