Confrontos intensos na Líbia: o que se sabe até agora?

Confrontos entre grupos armados estão ocorrendo na capital da Líbia, Trípoli, segundo a mídia local.

O chefe do Aparato de Apoio à Estabilidade da Líbia, Abdul Ghani al Kikli, conhecido como Ghniwa, teria sido morto. De acordo com uma fonte, o assassinato ocorreu na sede da 444ª Brigada de Combate da Zona Militar de Trípoli.

O assassinato de Ghniwa supostamente desencadeou um conflito armado entre o Aparato de Apoio à Estabilidade, liderado por ele, e uma coalizão da Força Conjunta de Misrata, 444ª Brigada de Combate, 111ª Brigada e a Força de Apoio à Liderança. Vídeos postados nas redes sociais mostram uma suposta presença militar na cidade e trocas de tiros.

O veículo local Al-Wasat reportou que os moradores da capital ouviram tiros sendo disparados em vários bairros. À medida que a violência se espalhou, as autoridades adotaram medidas emergenciais. Por exemplo, o Ministério do Interior pediu a todos os cidadãos que ficassem em casa, enquanto que a Universidade de Trípoli, e outras instituições educacionais da cidade, suspenderam todas as atividades acadêmicas por tempo indeterminado.

Reação da ONU

Diante da escalada de violência em Trípoli, a Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL) solicitou, nesta segunda-feira (12), que todos os envolvidos nos confrontos na capital líbia interrompam imediatamente os combates e restabeleçam a calma.

"A Missão pede a todas as partes que cessem imediatamente os combates e restaurem a calma, e lembra a todas as partes de sua obrigação de proteger os civis em todos os momentos", anunciou a UNSMIL.

O comunicado também demonstra o alarme da ONU com a situação de segurança na capital do país, "com combates intensos e uso de armamento pesado em zonas civis densamente povoadas".

A embaixada dos EUA no país africano também se somou aos esforços de paz, chamando para uma desescalada das tensões.