Mauro Vieira: As ações de Israel em Gaza são "ilegais" e "imorais"

As ações de Israel na Faixa de Gaza no âmbito da sua guerra contra o Hamas são "ilegais" e "imorais", disse o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, no último domingo, durante sua visita à Cisjordânia.
"Vou dizer de forma alta e clara: é ilegal e imoral impedir pessoas de ter acesso à comida e água. É ilegal e imoral atacar operações humanitárias e quem está buscando ajuda. É ilegal e imoral impedir os doentes e feridos de assistência de saúde. É ilegal e imoral destruir hospitais, locais sagrados, cemitérios e abrigos", declarou o ministro das Relações Exteriores do Brasil, que denunciou a "punição coletiva" de usar a fome como arma de guerra.
Conforme apuração da imprensa brasileira, o chanceler teve uma agenda extensa no país, onde ''discutiu estratégias conjuntas para tornar a Palestina membro pleno da ONU''. Dentre as figuras com quem o representante brasileiro reuniu-se, consta Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina.
O Ministro Mauro Vieira foi recebido em audiência pelo Presidente da Palestina, Mahmoud Abbas. Durante 20 minutos, trataram do atual momento do conflito israelo-palestino e da grave crise humanitária em Gaza. pic.twitter.com/dCs9hFBaSv
— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) March 17, 2024
Vieira também ressaltou que o Brasil continuará a fornecer recursos para a Agência da ONU de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA, na sua sigla em inglês). Vários países suspenderam o financiamento à organização no final de janeiro devido às alegações israelenses de que seus funcionários estavam envolvidos no ataque do Hamas em 7 de outubro.
"Todas as linhas vermelhas de nossa humanidade compartilhada foram ultrapassadas", enfatizou o ministro.
Em fevereiro deste ano, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, declarou o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva "persona non grata" após ele ter comparado as ações de Tel Aviv no enclave palestino com as de Adolf Hitler.
