
Israel ameaça países que reconhecerem Palestina como Estado

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, declarou no domingo (11) que Tel Aviv adotará medidas caso outros países avancem no reconhecimento unilateral do Estado palestino. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa conjunta com seu homólogo alemão, Johann Wadephul.
"Tais iniciativas não são construtivas, mas contraproducentes. Apenas servirão como prêmio ao terror do Hamas. Qualquer tentativa de fazê-lo unilateralmente apenas prejudicará as perspectivas futuras de um processo bilateral e nos impulsionará a tomar medidas unilaterais em resposta", advertiu Saar.
Na mesma ocasião, Wadephul comentou que a solução de dois Estados seria "a melhor oportunidade para que israelenses e palestinos vivam em paz, segurança e dignidade".

Atualmente, 147 países reconhecem oficialmente o Estado palestino, incluindo a Rússia e nações de maioria muçulmana no Oriente Médio, África e Ásia.
Por outro lado, a maioria dos países europeus e os Estados Unidos ainda não reconhecem a Palestina como um Estado soberano.
No entanto, vem crescendo o número de governos que defendem o reconhecimento da Palestina com o objetivo de encerrar o conflito árabe-israelense, intensificado desde outubro de 2023.
No início de maio, foi reportado que o presidente norte-americano, Donald Trump, poderia anunciar o reconhecimento do Estado palestino durante a cúpula Golfo-EUA, prevista para ocorrer na metade do mês na Arábia Saudita.
França e Reino Unido também demonstraram, pela primeira vez, disposição para o reconhecimento. O secretário britânico de Relações Exteriores, David Lammy, afirmou em discurso na Câmara dos Lordes que os dois países têm mantido conversas com a Arábia Saudita sobre o tema.
