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Brasil reforça protagonismo global em parceria estratégica com a China, diz Lula em Pequim

No encerramento do Fórum Empresarial Brasil-China, em Pequim, o presidente destacou avanço do comércio bilateral, investimentos chineses e a cooperação contra a pobreza.
Brasil reforça protagonismo global em parceria estratégica com a China, diz Lula em PequimRicardo Stuckert / PR/Agência Brasil

Brasil e China são parceiros estratégicos e "atores incontornáveis nos grandes temas globais", afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira (12), durante o encerramento do Fórum Empresarial Brasil-China, em Pequim.

"Hoje demos mais um passo para fortalecer nosso intercâmbio bilateral e criar oportunidade de comércio, investimento e desenvolvimento. China e Brasil são parceiros estratégicos e atores incontornáveis nos grandes temas globais", disse Lula, ao destacar a importância de combater o protecionismo comercial:

"Frente ao ressurgimento de tendências protecionistas apostamos na redução das barreiras comerciais e queremos mais integração" 


Lula ressaltou o papel dos empresários, como "protagonistas de um dos eixos mais dinâmicos do relacionamento bilateral", com a estruturação de novas cadeias de valor, a transição para uma economia de baixo carbono e o fortalecimento do intercâmbio científico e tecnológico:

"Juntos mostramos ao mundo que a cooperação é o caminho a seguir em face dos desafios que emergem no cenário geopolítico internacional."

Combate ao fome 

Lula afirmou que Brasil e China são países com "compromisso de resolver o problema do empobrecimento", que por muito tempo afetou a vida de seus cidadãos. Ele ressaltou que, em quatro décadas, a China retirou 800 milhões de pessoas da pobreza.

Lembrou também que, em apenas dez anos, 54 milhões de brasileiros deixaram de passar fome. Segundo ele, esses avanços criam condições para o desenvolvimento econômico.

  • Segundo o Planalto, a China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. O comércio bilateral atingiu o recorde de US$ 157,5 bilhões em 2023.
  • A China também figura entre as principais fontes de investimento direto no país, com US$ 73,3 bilhões entre 2007 e 2023, distribuídos em 264 projetos nas cinco regiões brasileiras.
  • O Brasil, por sua vez, responde por 39% dos investimentos chineses na América Latina, o maior percentual da região.