O encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com empresários chineses, durante sua visita oficial ao país asiático, resultou no anúncio de investimentos e cooperação na área de energia renovável, informou o Palácio do Planalto nesta segunda-feira (12).
Como parte das primeiras atividades na China, Lula se reuniu com representantes das empresas chinesas Envision Group, Windey Technology e do SENAI Cimatec, atraindo um investimento de US$ 1 bilhão na produção brasileira de combustível sustentável para aviação (SAF) e na criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento.
"O Brasil se tornará um dos maiores produtores de combustíveis verdes de aviação", afirmou o ministro da Casa Civil, Rui Costa, referindo-se à produção de SAF a partir da cana-de-açúcar.
Mais anúncios de investimentos são esperados durante a visita presidencial, que tem o objetivo de "fortalecer essa relação bilateral [com a China] tão fundamental para o desenvolvimento e para a convergência de ambos os países", disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Reuniões frutíferas
No total, Lula participou de quatro encontros com altos executivos e presidentes de companhias chinesas atuantes nos setores de energia, defesa e infraestrutura.
Além dos ministros Rui Costa e Alexandre Silveira, o presidente esteve acompanhado do chanceler Mauro Vieira, do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, do embaixador do Brasil na China, Marcos Galvão, do presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Como resultado das reuniões, também foi assinado um memorando de entendimento sobre sistema de gestão e segurança pública para cidades inteligentes entre a Telebras e a Norinco Brasil.
- Segundo o Planalto, a China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. O comércio bilateral atingiu o recorde de US$ 157,5 bilhões em 2023.
- A China também figura entre as principais fontes de investimento direto no país, com US$ 73,3 bilhões entre 2007 e 2023, distribuídos em 264 projetos nas cinco regiões brasileiras.
- O Brasil, por sua vez, responde por 39% dos investimentos chineses na América Latina, o maior percentual da região.