China e Estados Unidos concordaram em reduzir mutuamente as tarifas de importação, segundo comunicado divulgado pela Casa Branca nesta segunda-feira (12).
De acordo com as informações, Washington cortará as tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto Pequim reduzirá as tarifas sobre itens americanos de 125% para 10%.
"Chegamos a um acordo sobre uma pausa de 90 dias e níveis tarifários substancialmente reduzidos", afirmou o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, ao anunciar o entendimento.
Ele classificou as conversas com a China como "robustas" e disse que "ambos os lados demonstraram grande respeito".
"Nenhum dos lados quer a dissociação, queremos o comércio. Queremos um comércio mais equilibrado. Acho que os dois lados estão empenhados em conseguir isso", completou.
O governo americano indicou, no entanto, que alguns produtos chineses continuarão sujeitos a tarifas elevadas.
O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, afirmou que permanecem em vigor as tarifas de 20% sobre o fentanil. Ele ressaltou que a alíquota não inclui as tarifas setoriais aplicadas globalmente, o que significa que certos produtos chineses seguirão fortemente taxados.
Os mercados financeiros globais reagiram positivamente ao acordo. Os futuros do S&P 500 subiram 2,8%, enquanto os do Nasdaq 100 avançaram 3,3%. O índice Hang Seng, principal indicador da bolsa de valores de Hong Kong, teve alta de 3,6%.
QUAIS SÃO AS GUERRAS COMERCIAIS DA ERA TRUMP E SEUS OBJETIVOS? SAIBA MAIS EM NOSSO ARTIGO.