Notícias

Ucrânia faz novos ataques contra civis na Rússia, ignorando proposta de trégua e negociação

Mísseis e drones atingiram hotéis, residências e infraestrutura agrícola em províncias fronteiriças durante o fim de semana.
Ucrânia faz novos ataques contra civis na Rússia, ignorando proposta de trégua e negociaçãoTelegram @vvgladkov @Hinshtein

As forças ucranianas lançaram uma série de ataques com drones e mísseis contra as províncias russas de Belgorod e Kursk durante o fim de semana, mirando deliberadamente infraestruturas civis e moradores.

Na cidade de Rylsk, na província de Kursk, um míssil atingiu um hotel no domingo (11), ferindo três civis — dois deles em estado crítico devido a estilhaços e fraturas —, informou no Telegram o governador interino da província, Alexander Khinshtein. Imagens mostram danos severos ao edifício e a residências vizinhas.

Em Belgorod, o governador Vyacheslav Gladkov afirmou que um drone atingiu um carro em movimento na estrada Krasny Oktyabr–Bessonovka, ferindo uma mulher.

Outro ataque similar deixou um adolescente ferido, enquanto um homem sofreu ferimentos graves em Bogun-Gorodok (distrito de Borisov) após ser atingido por um drone ucraniano.

Outros bombardeios danificaram prédios residenciais, uma indústria, veículos e um armazém agrícola em cidades como Arkhangelskoye, Sobolevka, Urazovo e Chaiki, onde um drone explodiu no ar.

Os episódios marcam uma escalada nas ações transfronteiriças da Ucrânia, que chegou a ocupar temporariamente partes da província de Kursk em 2024 na tentativa de influenciar eventuais negociações de paz.

A Rússia retomou o controle completo da área no fim de abril, mas Kiev intensificou o uso de drones e mísseis contra alvos civis. Durante a trégua unilateral do Dia da Vitória (de 8 a 10 de maio), Moscou relatou cinco tentativas fracassadas de incursão ucraniana em Belgorod e Kursk.

  • O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs a retomada das negociações diretas em Istambul no dia 15 de maio, sem exigências prévias, enquanto o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, pediu um cessar-fogo de 30 dias antes de aceitar o diálogo, afirmando que aguardaria Putin na Turquia. Kiev, no entanto, descumpriu tréguas acordadas — como a da Páscoa — e recusou as ofertas, aprofundando o impasse diplomático.