Vladimir Putin, presidente da Rússia, agradeceu aos esforços de países como o Brasil e a China pela paz. As declarações foram feitas em uma coletiva de imprensa na madrugada deste domingo (11, no horário de Moscou).
"Ao mesmo tempo, gostaria de expressar mais uma vez nossa gratidão pelos serviços de mediação que visam a uma solução pacífica para a crise ucraniana, realizados por nossos parceiros estrangeiros. Entre eles estão a China, o Brasil, países da África e do Oriente Médio. E, recentemente, o novo governo dos Estados Unidos da América", disse Putin.
Putin também agradeceu aos países que participaram das comemorações do 80º aniversário da vitória contra o nazismo.
Segundo ele, o espírito de solidariedade e harmonia demonstrado durante as cerimônias pode contribuir para futuras iniciativas de cooperação internacional.
"Estou confiante de que o espírito de solidariedade e harmonia que nos uniu naqueles dias continuará a nos ajudar a construir uma cooperação e uma parceria frutíferas em nome do progresso, da segurança e da paz", afirmou o presidente russo.
Iniciativa sino-brasileira para a paz
No contexto da visita de Celso Amorim, assessor especial do presidente Lula da Silva à Pequim em maio de 2024, o Brasil e a China adotaram uma declaração conjunta traçando um caminho para o fim do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
O documento postula as negociações como a única solução viável para a crise ucraniana, e defende a realização de uma conferência internacional de paz "reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia".
Esse ponto mostra-se especialmente relevante diante da exclusão da Rússia da primeira "cúpula de paz", que foi realizada na Suíça sem a presença de representantes de Moscou para satisfazer as exigências do regime ucraniano.
O plano sino-brasileiro adquiriu rapidamente o apoio de mais de 100 países, incluindo a Suíça, que passou a apoiá-lo após a reunião ministerial do grupo Amigos da Paz, conduzida pelo Brasil e pela China na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.