
Lula critica postura da ONU diante do 'genocídio' em Gaza e defende Brasil no Conselho de Segurança

De Moscou, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente brasileiro, prometeu neste sábado, em uma coletiva de imprensa concedida diretamente de Moscou, continuar conversando com líderes mundiais em prol da paz, afirmando que ''a única coisa que interessa nesse momento é discutir a volta da normalidade no mundo''.
Ele afirmou ter discutido o assunto com o presidente russo Vladimir Putin e garantiu que abordará a questão com autoridades internacionais, incluindo representantes da França e o presidente Xi Jinping, com quem disse que conversar amanhã.
"E não é só aqui", afirmou, em referência ao conflito ucraniano. "É na Faixa de Gaza também. Aqui, dois Estados estão em guerra. Na Faixa de Gaza é um genocídio de um exército muito bem preparado contra mulheres e crianças", observou, sugerindo que as forças israelenses chegaram a explodir hospitais sem a presença de um único terrorista.
Reforma do Conselho de Segurança da ONU
Nesse contexto, o presidente brasileiro criticou a postura da ONU diante do conflito em Gaza, observando que em 1948, a instituição ''teve força para criar o Estado de Israel, e hoje não tem força sequer para manter paz no terreno em que estão morando os palestinos''.

Ele defendeu a inclusão de países como o Brasil, Japão, Alemanha e outras nações latino-americanas e africanas no Conselho de Segurança da organização (CSONU), sustentando que isso daria ''força'' à sua existência.
A inclusão do Brasil no CSONU é uma bandeira histórica da diplomacia brasileira, e conta com o apoio formal da Rússia. Esse apoio foi reiterado em abril pelo chanceler Sergey Lavrov, que afirmou que o Itamaraty conduz uma "política externa independente e é capaz de fazer uma contribuição significativa para a solução de problemas internacionais".
