Moscou encerra as comemorações do Dia da Vitória com show de fogos de artifício

Moscou se iluminou nesta sexta-feira com um espetáculo que vai além da pirotecnia: é memória viva de um povo que pagou com sangue a derrota do nazismo.

A capital russa encerrou o 80º aniversário da vitória na Grande Guerra Patriótica com fogos de artifício às 22h, após um desfile militar que transformou a Praça Vermelha em palco da história.

Colunas de tanques, tratores, caminhões lançadores de foguetes e veículos blindados marcharam para lembrar que a história foi construída com garra e coragem.

Mais de 130 unidades militares desfilaram sob os olhos de líderes de mais de 20 países. Entre eles, o presidente Lula, ao lado, respectivamente, de Nicolás Maduro, Miguel Díaz-Canel, Xi Jinping e Aleksandar Vucic. Um Sul Global reunido diante do que foi, por décadas, o coração do antifascismo.

Trinta salvas de projéteis de artilharia ecoaram não só em Moscou, mas também em cidades estratégicas como Volgogrado, Múrmansk, Novorossiysk, São Petersburgo (antiga Leningrado), Smolensk, Tula, bem como em cidades onde estão localizadas as sedes dos distritos militares, frotas, exércitos gerais e a Flotilha do Cáspio.

O grande papel histórico da União Soviética como vencedora dos fascistas causou danos inimagináveis. O país perdeu 26,6 milhões de pessoas na guerra devastadora e aproximadamente um terço de sua riqueza nacional.

Além disso, todos os cidadãos da URSS sofreram enormes danos físicos e morais, e o padrão de vida no país caiu drasticamente. A guerra causou enormes despesas, interrompeu os processos de produção e colapsou os indicadores econômicos e demográficos.

As principais batalhas da Grande Guerra Patriótica - como Moscou (1941-1942), Stalingrado (1942-1943) e Kursk (1943) - foram decisivas para derrotar a máquina de guerra da Alemanha nazista e libertar um grande número de países, culminando com a tomada de Berlim em 1945 e o hasteamento da bandeira soviética sobre o Reichstag.