A eleição do cardeal Robert Francis Prevost como o novo papa da Igreja Católica, nesta quinta-feira (8), gerou uma onda de reações de líderes mundiais.
Escolhido com o nome de Leão XIV, o religioso norte-americano natural de Chicago, Illinois, é o primeiro cidadão dos Estados Unidos a assumir o trono de São Pedro.
No entanto, sua trajetória vai além da nacionalidade: Prevost também é cidadão peruano desde 2015 e atuou por mais de duas décadas como missionário no país, chegando a ocupar o cargo de bispo de Chiclayo.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se manifestou por meio de uma publicação nas redes sociais. Ele desejou que Leão XIV “dê continuidade ao legado do Papa Francisco”, destacando valores como paz, justiça social, diálogo entre povos e respeito à diversidade.
“Não precisamos de guerras, ódio e intolerância. Precisamos de mais solidariedade e mais humanismo. Precisamos de amor ao próximo, que é a base dos ensinamentos de Cristo”, escreveu Lula.
Também pelas redes, a presidente do Peru, Dina Boluarte, comemorou o que chamou de “momento histórico para o Peru e para o mundo”. Em vídeo, Boluarte lembrou que o novo pontífice é “cidadão peruano por escolha” e disse que ele “lidera a Igreja Católica como Sumo Pontífice após mais de 20 anos de serviço em nossa terra”.
Entre os presidentes latino-americanos, o colombiano Gustavo Petro afirmou que Prevost é "mais do que americano", e espera que o novo papa seja "o grande líder dos migrantes no mundo".
Através do X (antigo Twitter), Petro respondeu uma conta de cultura pop estadunidense que dizia que Leão XIV era o primeiro Papa americano. Segundo o presidente colombiano, o primeiro Papa americano foi Francisco, que faleceu recentemente.
O governo da Venezuela também se manifestou oficialmente sobre a eleição do novo pontífice. Em nota, a República Bolivariana da Venezuela felicitou o Papa Leão XIV com “profundo respeito e esperança”, destacando a confiança de que seu pontificado representará “um novo tempo de renovação espiritual, justiça e aproximação entre os povos”.
Já o argentino Javier Milei, destoou dos demais líderes latino-americanos. Conhecido por se autodenominar “o leão”, publicou uma imagem de um leão vestido como papa, fazendo trocadilho com o nome adotado pelo pontífice: Leão XIV.
Do Paraguai, Santiago Peña expressou esperança de que o novo papa traga "diálogo e unidade", enquanto Daniel Noboa, presidente do Equador, desejou que sua palavra "una, conforte e guie milhões em tempos de incerteza".
Claudia Sheinbaum, presidente do México, destacou a convergência humanista entre seu governo e o novo pontífice, e o panamenho José Raúl Mulino disse esperar que Leão XIV seja "um farol de paz".
Na Europa, o chanceler alemão Friedrich Merz afirmou que o novo papa representa "um farol de justiça e reconciliação", e o presidente francês Emmanuel Macron enviou "uma mensagem fraterna" aos católicos do mundo.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse que o momento é de "profunda alegria", enquanto a italiana Giorgia Meloni celebrou o papel do papa como guia moral e espiritual.
Pedro Sánchez, premiê da Espanha, defendeu que o novo pontificado fortaleça o diálogo e os direitos humanos.
No Oriente Médio, o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed Bin Zayed, desejou sucesso ao pontífice “na promoção da paz e harmonia”.
Antes de ser eleito, Prevost havia se manifestado contra o ex-presidente norte-americano Donald Trump e criticado a condução autoritária do governo de Nayib Bukele em El Salvador.
Também respondeu a declarações do vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, sobre o papel do cristianismo na política, demonstrando um perfil alinhado com a linha reformista do papa Francisco.