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Ignorando críticas da UE, presidente da Sérvia chega a Moscou para celebrar o Dia da Vitória

Apesar dos problemas cardíacos e da pressão por parte de países europeus, Aleksandar Vucic confirmou sua presença nas comemoraçãos dos 80 anos da vitória contra o nazismo.
Ignorando críticas da UE, presidente da Sérvia chega a Moscou para celebrar o Dia da VitóriaGettyimages.ru / Pier Marco Tacca

O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, chegou hoje à Rússia para comemorar o 80º aniversário da Vitória sobre o nazismo na Segunda Guerra Mundial.

Na semana passada, Vucic interrompeu sua visita aos EUA devido a uma doença e decidiu retornar à Sérvia. A mídia informou posteriormente que ele foi hospitalizado após sua chegada. No entanto, o presidente descartou a possibilidade de cancelar sua viagem a Moscou e prometeu manter sua palavra e participar de todos os eventos comemorativos.

Obstáculos ocidentais

Os líderes mundiais continuam chegando à capital russa, apesar da ameaça anterior de Vladimir Zelensky àqueles que decidirem participar das comemorações de 9 de maio, dizendo que seu país "não pode ser responsabilizado pelo que acontecer no território da Federação Russa" durante as comemorações.

Zelensky não é o único a tentar impedir que líderes estrangeiros viajem a Moscou. A Lituânia e a Letônia chegaram a proibir o avião de Vucic de sobrevoar seus territórios em direção à Rússia. As autoridades lituanas vetaram o voo de Vucic por motivos de "sensibilidade técnica e diplomática", enquanto as autoridades letãs argumentam que a medida atende à "sensibilidade política do objetivo do voo".

As autoridades da União Europeia (UE) também alertaram os chefes dos países do bloco e dos países candidatos que se opõem à participação deles nas comemorações do Dia da Vitória.

Ações "incivilizadas"

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, chamou as ações da UE de "incivilizadas". "Os países da UE continuam a prática de restringir o direito soberano dos Estados de conduzir sua política externa, utilizando todos os meios à sua disposição. A recusa atual é mais um caso flagrante disso", disse.

A porta-voz observou que Bruxelas desencadeou uma campanha de "intimidação" contra líderes mundiais para impedi-los de viajar para a Rússia.

No total, a Rússia espera que mais de 20 chefes de Estado e de governo compareçam ao desfile militar na Praça Vermelha.