
Xi exalta papel heroico de China e Rússia às vésperas dos 80 anos da vitória sobre nazismo

Em Moscou, nesta quarta-feira (7), o presidente da China, Xi Jinping, publicou um artigo no jornal russo Rossiyskaya Gazeta destacando a importância histórica da aliança entre Pequim e Moscou. O texto foi divulgado às vésperas do 80º aniversário da derrota do fascismo alemão na Segunda Guerra Mundial, celebrado em 9 de maio.
Segundo Xi, esse momento solene é uma oportunidade para reafirmar os laços históricos entre os dois países e relembrar os sacrifícios feitos na luta contra o nazismo.
"China e Rússia são grandes povos com sangue heroico", escreveu Xi, enfatizando a conexão profunda entre as duas nações e a importância de defender a memória histórica da vitória antifascista.
Ele lembrou que tanto a União Soviética quanto a China foram os palcos principais de operações militares na Europa e na Ásia, enfrentando o peso das agressões da Alemanha nazista e do Japão imperial. "Fizemos contribuições decisivas para a vitória na Guerra Mundial Antifascista", afirmou.

Em seu texto, Xi enalteceu o papel decisivo do Exército Vermelho soviético em 1945, que, segundo ele, "frustrou as ambições insidiosas dos nazistas, libertou os povos escravizados e coroou a epopeia da Grande Guerra Patriótica com uma vitória triunfal".
O presidente chinês também destacou que a resistência da China contra o Japão começou antes de qualquer outro país e foi a mais longa de todas.
Xi Jinping alertou que, mesmo passadas oito décadas, o mundo ainda enfrenta ameaças preocupantes. "O unilateralismo, a hegemonia, a anarquia e a intimidação estão ultrapassando limites e empurrando a humanidade para uma nova encruzilhada", advertiu. Ele condenou os esforços de distorcer fatos históricos da Segunda Guerra Mundial e tentou reafirmar o valor da aliança sino-russa na preservação da verdade e da justiça histórica.
O presidente chinês também destacou a importância da ONU como legado da guerra e lembrou que tanto a China quanto a antiga União Soviética foram signatárias fundadoras da Carta das Nações Unidas. "Nossa presença permanente no Conselho de Segurança da ONU foi conquistada com vidas e sangue", enfatizou.
Xi foi categórico ao afirmar que "a luz dissipará a escuridão" e que "a justiça triunfará sobre o mal". Para ele, os julgamentos de Nuremberg e do Tribunal para o Extremo Oriente são marcos inquestionáveis da justiça internacional e não podem ser revisados.
Encerrando sua mensagem, Xi Jinping fez um apelo à resistência conjunta contra tentativas de dividir China e Rússia, reforçando o papel das duas potências como pilares da estabilidade estratégica global. Ele clama para que os países aprofundem seu apoio mútuo e a cooperem pela construção de um mundo multipolar e de um futuro compartilhado para toda a humanidade.
