O Paquistão possui todo o direito de responder aos recentes bombardeios com mísseis realizados pela Índia contra seu território, declarou nesta terça-feira o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif.
O chefe de Governo do Paquistão classificou a ação indiana como "um ato de guerra". "O inimigo lançou um ataque covarde em cinco locais no Paquistão. O Paquistão tem todo o direito de responder com força a esse ato de guerra imposto pela Índia, e uma forte resposta está sendo dada", afirmou em uma publicação na rede social X.
"Toda a nação está com as forças armadas paquistanesas, e o moral e o espírito de toda a nação paquistanesa estão elevados", enfatizou. "Nunca permitiremos que o inimigo tenha sucesso em seus objetivos nefastos", concluiu Sharif.
O primeiro-ministro também convocou o Comitê de Segurança Nacional em Islamabad para analisar a situação. O organismo prevê se reunir na manhã desta quarta-feira, segundo o ministro da Informação, Attaulah Tarar, citado pela mídia local.
Igualmente, o Ministerio de Relações Exteriores do Paquistão qualificou o ataque indiano como "um ato de guerra em flagrante e não provocado", alegando que a Força Aérea indiana "violou a soberania do Paquistão", permanencendo "dentro do espaço aéreo indiano".
"Condenamos enérgicamente a covarde ação da Índia, que constitui uma flagrante violação da Carta da ONU, do direito internacional e das normas estabelecidas nas relações inter-estados", manifestaram, acrescentando que as ações de Nova Dehli "aproximaram dois Estados com armamento nuclear a um conflito maior".
"A situação segue evoluindo. O Paquistão reserva-se o direito de responder adequadamente na hora e lugar que deseje, em conformidade com o artigo 51 da Carta das Nações Unidas e com o direito internacional", concluíram.
Operação Sindoor
O Ministério da Defesa indiano confirmou que as forças do país lançaram ataques precisos contra nove alvos no Paquistão e na região disputada de Jamu e Caxemira. De acordo com o órgão, os objetivos eram utilizados por grupos terroristas.
Segundo a imprensa paquistanesa, contudo, somente "civis e paquistaneses inocentes" foram alvos dos ataques. Pouco depois, foi informado que o país islâmico mobilizou ataques de represália contra Nova Delhi.