Notícias

Presidente de Cuba destaca importância da memória histórica para combater manipulações ocidentais

Miguel Díaz-Canel defendeu o papel da educação crítica como forma de proteção contra mentiras promovidas pelas produções culturais do ocidente.
Presidente de Cuba destaca importância da memória histórica para combater manipulações ocidentaisRT

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, em entrevista na edição especial do programa cubano "Mesa Redonda" com a RT en Español, defendeu a promoção da educação crítica no mundo como forma das nações se resguardarem contra narrativas caluniosas promovidas por países ocidentais. Nesse sentido, a valorização da memória histórica de cada país é central, visando construir uma "história universal" que abarque as diferentes visões nacionais. 

"Acredito que temos que partir do aprofundamento da educação em todo o mundo, desde o conhecimento dessa história universal, e dessa história percebida a partir da visão de cada país. Porém assumindo um pensamento crítico", declarou Canel.

De acordo com o presidente cubano, essa atitude impulsionaria a "globalização da solidariedade e da paz", construindo uma cultura de "diálogo e cooperação".

Tal postura também fortaleceria a resistência às ideias enganosas propagadas por livros e filmes da indústria cultural ocidental.

"Quando não há um pensamento crítico, o que te mostram em uma série da Netflix, em um filme de Hollywood, ou em um livro do ocidente, não te permite separar a mentira, a calúnia e a manipulação", ressaltou.

Canel destacou que a comemoração da data deve ser "reflexiva", desde um "lugar de sentimento", visando assumir uma postura ativa frente ao mundo atual.

Imperialismo

O presidente cubano destacou a crise atual sobre o modelo vigente democrático-liberal burguês, haja visto sua ineficiência em promover o bem-estar para a maioria da população.

De acordo com Canel, em face dessa perda de influência, o imperialismo e o capitalismo alimentam ideologias fascistas, "através de redes sociais, da mídia ou por produções culturais".

"Cada vez se fala menos da URSS, se fala menos do Exército Vermelho. Se fala mais dos aliados, de Inglaterra, de França, dos Estados Unidos", afirmou, ressaltando que esses países apoiam um "genocídio" em Gaza.

Canel também mencionou que o imperialismo se materializa na expansão da OTAN para a fronteira com a Rússia, "o mesmo que o ocidente quis fazer na Segunda Guerra Mundial". "São os mesmos que criam a russofobia para desprestigiar todo o papel e o valor da vitória da União Soviético naquela epopeia", concluiu.

Apoio soviético a Cuba

Canel também destacou o apoio da União Soviética à resistência contra tentativas norte-americanas de derrubar o regime socialista da ilha

"Eu acredito que, nas primeiras três décadas, essa ajuda promoveu um desenvolvimento econômico e social que até hoje temos", ressaltando a consolidação dos esforços promovidos pelo governo revolucionário e que muitos cidadãos cubanos ainda mantêm afeto junto à URSS.