
Premiê eslovaco denuncia ameaça de morte por confirmar ida a Moscou

Em entrevista transmitida pelo canal da SMER no YouTube, nesta terça-feira (6), o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, afirmou que recebeu ameaças após sua decisão de participar das comemorações do Dia da Vitória em Moscou.
"Fui ameaçado de que serei punido se decidir ir às comemorações em Moscou no dia 9 de maio", denunciou Fico, ao visitar o Cemitério Central do Memorial de Guerra do Exército Vermelho na cidade eslovaca de Mikhalovets.
O premiê eslovaco também questionou sobre qual seria a relação entre as celebrações que marcam o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, no país que "suportou o maior fardo" do conflito, com a situação política atual.

Ele observou ainda que os países europeus estão tentando erguer uma "cortina de ferro" ao redor da Rússia e reescrever a história, apagando as conquistas dos soldados do Exército Vermelho na derrota do nazismo. Fico afirmou que fará tudo para garantir que a Eslováquia não faça parte disso.
"Faremos de tudo para que, em algum lugar dessa cortina de ferro, encontremos portas abertas para a cooperação, a amizade e a paz. Porque todos nós queremos paz, ninguém quer guerra", manifestou o primeiro-ministro eslovaco.
Anteriormente, Fico declarou que participaria dos eventos que marcarão o 80º aniversário da Vitória em Moscou.
Ameaças de Zelensky
O líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, ameaçou no sábado os líderes mundiais que visitarão Moscou no dia 9 de maio para comemorar a vitória sobre o nazismo.
Falando a jornalistas, Zelensky ameaçou a segurança dos mais de 20 líderes mundiais que viajarão à capital russa. "Acho que, como presidente, e disse ao ministro das Relações Exteriores, devemos dizer às pessoas que nos abordam: 'Do ponto de vista [de segurança], não recomendamos que você visite a Federação Russa. E se o fizer, não nos pergunte. É uma decisão pessoal sua'", disse.
As ameaças de Zelensky afetam todos os líderes mundiais e delegações internacionais que viajam para a Rússia, incluindo os presidentes da China, Xi Jinping; Venezuela, Nicolás Maduro; Cuba, Miguel Díaz-Canel; Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; Sérvia, Aleksandar Vucic; e Eslováquia, Robert Fico.

